Conheça os apagões que marcaram história no Brasil – SBLOK

12 de abril de 2019

Leia esta matéria e conheça os apagões que marcaram história no Brasil

O Brasil é um país marcado pelas crises de energia! “Apagão” é um termo ganhou uma grande popularidade, acabando por denotar toda a crise energética, ao invés de denotar apenas os eventuais cortes forçados.

Por isso, a SBLOK elaborou esta matéria para você ficar por dentro dos apagões que marcaram história no país.

A crise que originou a palavra “apagão”:

A crise do apagão foi uma crise nacional ocorrida no Brasil, que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica.

Ocorreu entre 1 de julho de 2001 e 19 de fevereiro de 2002,

durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso,

sendo causada por falta de planejamento e investimentos em geração de energia.

A crise do apagão foi uma crise nacional ocorrida no Brasil, que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica.

Ocorreu entre 1 de julho de 2001 e 19 de fevereiro de 2002,

durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso,

sendo causada por falta de planejamento e investimentos em geração de energia.

No início da crise levantou-se a hipótese de que talvez se tornasse necessário fazer longos cortes forçados de energia elétrica em todo Brasil.

Estes cortes forçados, ou blecautes, foram apelidados de “apagões” pela imprensa.

Na época, havia grande possibilidade de ocorrer apagões no país, sobretudo nas grandes cidades.

A aplicação desses cortes — que produziriam severas perdas na economia brasileira, que cresceu 1,42% em 2001 —

foi evitada graças ao bom resultado de uma campanha por um racionamento “voluntário” de energia.

Mas o termo ganhou uma grande popularidade, acabando por denotar toda a crise energética,

ao invés de denotar apenas os eventuais cortes forçados.

A crise ocorreu por uma soma de fatores: as poucas chuvas,

e a falta de planejamento e ausência de investimentos em geração e transmissão de energia.

Por que o correu a crise?

Com a escassez de chuva, o nível de água dos reservatórios das hidroelétricas baixou e os brasileiros foram obrigados a racionar energia.

Após toda uma década sem investimentos na geração e distribuição de energia elétrica no Brasil,

um racionamento de energia foi elaborado às pressas, na passagem de 2000 para 2001.

O governo FHC foi surpreendido pela necessidade urgente de cortar em 20% o consumo de eletricidade em quase todo o País

(a região sul não participou do racionamento, tendo em vista que suas represas estavam cheias e houve retomada de investimentos no setor).

Estipularam-se benefícios aos consumidores que cumprissem a meta e punições para quem não conseguisse reduzir seu consumo de luz.

Contudo, no dia 7 de dezembro de 2001 choveu copiosamente e o racionamento pôde ser suspenso em 19 de fevereiro de 2002.

Não obstante, segundo os cálculos do ex-ministro Delfim Netto

cada brasileiro perdeu R$ 320 com o apagão ocorrido no final do governo FHC.

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU),

publicada em 15 de julho de 2009 mostrou que o apagão elétrico gerou um prejuízo ao Tesouro de R$ 45,2 bilhões.

É um fato por demais conhecido o aumento contínuo do consumo de energia devido ao crescimento populacional e ao aumento de produção pelas indústrias.

Isso exige planejamento antecipado e execução de políticas econômicas governamentais para suprir,

a tempo, as necessidades de expansão da produção de energia.

Desperdício de energia:

Um fator importante no aumento de consumo é o desperdício de energia.

Para combatê-lo são necessárias políticas governamentais de esclarecimento à população,

de financiamento dirigido para incentivar a substituição de máquinas obsoletas de alto consumo etc.

Como forma de prevenção de novos problemas de geração de energia elétrica, o governo federal, em 21 de julho de 2001,

iniciou um imenso programa de investimentos em uma rede de usinas termoelétricas,

movidas a gás, carvão e óleo combustível que não dependem do ciclo das águas.

Essa rede de usinas, segundo o governo,

daria flexibilidade para o sistema e serviria de back-up em épocas de secas, complementando o sistema.

Houve outros chamados “apagões” na história recente do Brasil, relacionados à falta de planejamento, investimentos em geração de energia,

falta de manutenção e de tecnologia adequada, sendo muitas vezes decorrentes de problemas técnicos em usinas,

redes de transmissão ou estações retransmissoras.

Conheça os apagões que marcaram história no Brasil:

  • Em 22 de janeiro de 2005, um grande blecaute que atingiu os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, afetando 3 milhões de pessoas.
  • Em 7 de setembro de 2007, novamente os dois estados foram atingidos por desligamento de energia causado por problemas em Furnas.
  • Em 10 de novembro de 2009, devido a um inédito desligamento total da usina hidroelétrica de Itaipu Binacional, 18 estados brasileiros ficaram totalmente ou parcialmente sem energia, sendo a região sudeste a mais afetada.
  • Em 4 de fevereiro de 2011, quase toda a região Nordeste do país ficou às escuras a partir das 23h30 (horário local) – 0h30 (horário de Brasília), após um problema em linhas de transmissão locais. O blecaute atingiu pelo menos sete estados: Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
  • Em 22 de setembro de 2012, outro grande problema no setor elétrico foi registrado no Nordeste Brasileiro.
  • Em 3 de outubro de 2012, novo blecaute registrado por falha em transformador de Itaipu afetou cinco Estados. O blecaute atingiu áreas do Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Rondônia e parte do Centro-Oeste.
  • Em 4 de outubro de 2012, devido ao desligamento geral da Subestação Brasília Sul, controlada por Furnas Centrais Elétricas, Brasília também enfrentou uma queda de energia por volta das 13h15 do dia 4 de Outubro de 2012 e durou por mais de 2 horas.

E mais:

  • Em 25 de outubro de 2012, devido ao incêndio em um equipamento 9 estados da Região Nordeste e parte da Região Norte ficou sem energia durante 3 horas.
  • Em 15 de dezembro de 2012, um blecaute atingiu municípios de ao menos seis estados do país, deixando, só no Rio de Janeiro e São Paulo, 2,7 milhões de consumidores sem luz. O blecaute foi causado por um problema na hidrelétrica de Itumbiara, em Goiás, de propriedade de Furnas. Foi o quinto blecaute desde setembro de 2012.
  • Em 28 de agosto de 2013, um blecaute de energia elétrica atingiu áreas no Nordeste do país às 15h03 desta quarta-feira (28), informou o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Há relatos de falta de energia em Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN)
  • Em 4 de fevereiro de 2014, cerca de 6 milhões de consumidores foram afetados pela falta de energia nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, segundo cálculo do diretor do ONS. O blecaute que atingiu ao menos 11 estados do país teve origem em um curto-circuito numa linha de transmissão no estado de Tocantins.
  • Em 11 de fevereiro de 2014 às 20h20, mais de 40 cidades ficaram às escuras no ES, incluindo a capital Vitória, devido a uma falha em uma subestação de Furnas.
  • Em 19 de janeiro de 2015 às 14h55, um blecaute atingiu parte de 10 estados (SP,RJ, ES, PR, SC, RS, GO, MG, MS, RO) e o DF causando falta de energia elétrica a mais de 3 milhões de unidades consumidoras. Por volta das 15h45 a situação começou a ser normalizada. Os reservatórios das usinas hidrelétricas baixos e o calor excessivo contribuíram para o evento.